No mundo do Marketing Digital é frequente vermos estrangeirismos a entrar no nosso dia a dia. Como Marketeers, usamos diariamente siglas como SEO, SEA e UX... mas o que significa este último?

Em inglês significa User eXperience, que podemos traduzir em português para Experiência do Utilizador. Genericamente, podemos afirmar que o UX engloba tudo o que tem impacto na experiência do utilizador com um produto, seja ele um website, um email ou até um anúncio.

Sendo que 99% das primeiras impressões são de design, devemos fazer tudo para eliminar elementos confusos e garantir que o utilizar sabe como chegar ao objetivo final rapidamente e sem fricção.

A função de um Designer de UX é a de desenhar experiências incríveis (e intuitivas) para as nossas buyer personas. As perguntas-chave a que responde no início de um processo criativo são: O quê? Quando? Onde? Como? Porquê? Quem?

Quem trabalha com UX Design sabe que vai passar o dia a fazer perguntas e a questionar processos. É natural e vem com a profissão! 😜

varias perguntas

 

É com o Ux Design que criamos a melhor relação possível entre as necessidades de uma empresa e o comportamento do seu target. No final do dia, não nos serve de nada ter um projeto extremamente bem desenhado e que os utilizadores adoram, se não está a ajudar a alcançar os objetivos de negócio.

 

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As bases do UX Design estão assentes em modelos de análise comportamental

Sendo as bases do UX comportamentais, é natural que grande parte das suas bases derivem da Psicologia e da Sociologia. A forma como os seres humanos se comportam, como tomam as suas decisões e escolhem uma opção em detrimento de outra, moldam as bases do UX Design.

Alguns modelos mais teóricos como os 6 Princípios de Persuasão de Robert Cialdini focam-se na mente humana e nos motivadores inconscientes para a tomada de decisão. São eles:

  1. Reciprocidade: as pessoas sentem-se obrigadas a retribuir um comportamento quando receberam algo em primeiro lugar.
  2. Escassez: as pessoas querem mais alguma coisa que exista em menor quantidade.
  3. Autoridade: as pessoas querem seguir o exemplo de pessoas credíveis e reconhecidas.
  4. Consistência: as pessoas gostam de ser consistentes com o que disseram ou fizeram previamente.
  5. Gostar: as pessoas preferem dizer que "sim" a coisas ou pessoas de quem gostam.
  6. Consenso: as pessoas olham para o comportamento dos outros antes de determinar a sua própria ação.

Foram desenvolvidos também alguns modelos de persuasão comportamental que podem ser aplicados diretamente no digital. Falo do Hooked de Nir Eyal, o Fogg Behavioral Model de B. J. Fogg ou o Persuasion Slide de Roger Dooley.

Já vamos falar um pouco mais sobre estes modelos de influência do comportamento humano, mas primeiro vamos acabar a definição:

"O UX Design é um processo de design centrado no utilizador que tem em conta as necessidades desse mesmo utilizador em todas as fases de concepção de um produto." Ux Mastery

Isto significa que o UX eleva o processo de design a um processo quase científico. Não nos estamos a basear na opinião do designer ou do dono da empresa, mas sim em dados reais de utilização. É um processo contínuo e que evolui ao longo do tempo à medida que temos mais inputs.

 

 

 

What the #$%@ is UX Design? - UX Master

 

Modelo Hooked: como construir hábitos?

O modelo de Nir Eyal, que originou o livro Hooked, é um dos mais citados no mundo do UX Design.

Foca-se na experiência que um produto ou serviço tem de proporcionar ao cliente para que o seu consumo se torne um hábito.

É assim que gigantes da Web como o Google ou a Amazon se consolidaram como um hábito na vida de milhões de pessoas. O Google é onde vou quando preciso de pesquisar algo e a Amazon é um sítio onde pesquiso por produtos antes de comprar, porque sei que têm frequentemente preços muito competitivos.

O que está accionado na minha mente é um gatilho (trigger) inconsciente que faz que, quando penso em compras online, me lembre da Amazon pelos benefícios que já senti em compras passadas.

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Modelo Comportamental de Fogg: o que é preciso para gerar um comportamento?

O Modelo Comportamental de BJ Fogg é excelente para nos ajudar a perceber qual é o impacto de uma audiência altamente motivada e como a podemos incentivar a agir no momento certo.

Fogg diz-nos que, para que um comportamento ocorra, temos de ter 3 elementos presentes em simultâneo: motivação, capacidade e trigger. Um destes triggers no momento errado está destinado a falhar.

No caso hipotético de uma loja online de biquínis, podemos perceber que a motivação do consumidor aumenta quando o tempo começa a ficar solarengo. Nestes dias, um simples anúncio ou até um post nas redes sociais pode funcionar como gatilho para que exista uma visita ao website.

Um website user friendly e intuitivo vai melhorar (e muito) a capacidade da pessoa tomar uma ação e, por fim, gerar a venda.

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Modelo Persuasion Slide™: como influenciamos o comportamento?

O Modelo Persuasion Slide™ de Roger Dooley ilustra, com uma alegoria, como são incentivadas ações. Em todas as fases são usados elementos conscientes e inconscientes que podem e devem ser estimulados.

Pensemos no escorrega como um processo de compra de um website de venda de fatos para cerimónia. O utilizador dá os primeiros passos ao entrar no website e ficar cativado pelos conteúdos que lhe são apresentados, vê as imagens, reconhece a proposta de valor e gosta dos produtos.

A partir daí, vamos dar-lhe um empurrão para que desça o escorrega. Pode ser, por exemplo, um botão "Comprar Agora" proeminente e chamativo.

Depois é com ele: precisa mesmo de um fato novo? Uma lista de benefícios poderá ajudar a convencê-lo e dar-lhe o ângulo necessário para iniciar o processo de compra.

A fricção é um dos elementos mais importantes nesta fase, que simboliza a dificuldade um utilizador experiencia antes de chegar ao destino final. No nosso website de fatos, pensemos na fricção como algo que temos de eliminar do nosso processo de conversão (campos de formulário desnecessários, por exemplo), para que preencher um formulário seja rápido e quase inconsciente.

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As principais diferenças entre um Designer Gráfico e um Designer de UX

Sabemos que pode espantar muitos dos nossos leitores, mas um Designer de UX não precisa de ser um excelente Designer Gráfico. Claro que a parte gráfica é importante para um produto ou interface, mas é apenas isso mesmo: uma parte do processo de Ux Design.

No final do dia, o Designer de UX (ou a equipa de UX Design, dependendo da estrutura da empresa) tem de ser capaz de incorporar as seguintes funções:

  1. Designer gráfico;
  2. Arquiteto de informação;
  3. Designer de UI (User Interface);
  4. Especialista de Usabilidade.

No contexto de Agência de Marketing Digital, a equipa de UX beneficia maravilhosamente de uma integração entre departamentos, principalmente com a equipa do Marketing e Programação.

divertidissimo

 

Confessamos que somos ávidos leitores do Blog do ConversionXL, onde além de informação maravilhosamente curada, encontramos também Case Studies reais. O que surpreende muitas vezes nestes casos de estudo é que nem sempre é o design "mais bonito" que tem melhores resultados, é o design mais funcional que ganha.

O desafio do Designer de Ux quando desenvolve grafismos é encontrar o equilíbrio entre o que é estético e o que é funcional e orientado para o objetivo.

É aqui que entra a componente analítica do Designer de UX, na sua capacidade de analisar os dados e identificar hipóteses de melhoria dos resultados. Nem todos os testes vão ser bem sucedidos e os utilizadores vão surpreender de mil e uma formas, mas a aprendizagem vale sempre a pena.

O comportamento humano é, muitas vezes, imprevisível e garantimos que, quando pedimos feedback aos utilizadores, eles não vão saber o que querem verdadeiramente. Ficamos com a velha máxima de Henry Ford:

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Não perca o próximo episódio, porque nós... também não!

Se aguentou até ao fim deste artigo, é porque, muito provavelmente, o bichinho do UX Design entrou na sua mente e ficou mais ou menos assim:

wow

 

Agora fora de brincadeiras: quer saber um pouco mais sobre UX? Não fique à espera do próximo artigo no Blog da Made2Web e fale connosco:

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